SANTANDER, ESPANHA – A compressão de margens das instituições financeiras vai continuar nos próximos anos, mesmo com o aumento da taxa básica de juros e o atual ciclo de aperto monetário, afirma Jesús Zabalza, presidente do Santander Brasil. "Minha visão para o sistema financeiro brasileiro é que os spreads vão continuar caindo no médio prazo", afirmou o executivo.
No caso do Santander, assim como já tem ocorrido com os concorrentes, a migração para linhas de crédito com menor risco vai colaborar para a compressão de margens do banco. A estratégia para compensar essa perda é fazer com que tanto as pessoas físicas quanto jurídicas concentram o maior número de operações no banco, não só crédito.
"Os clientes que consideramos 'vinculados' ao banco têm taxas de inadimplência que são metade ou um terço dos clientes com quem temos apenas o crédito", afirmou.
A lista de prioridades do banco espanhol no crédito não difere muito do que enumeram os concorrentes: crédito imobiliário, consignado (aquele com desconto em folha de pagamento), repasses de empréstimos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e crédito rural.
Zabalza também reforçou que o Santander seguirá abrindo agências nos próximos anos, sem citar números específicos. Apenas se limitou a confirmar a meta proposta pelo banco no fim de 2009, de abrir 600 agências ao longo de cinco anos e meio. "Queremos ter mais presença em algumas regiões do país", citando os grandes polos de desenvolvimento do agronegócio no Centro Oeste e em cidades do Nordeste, como Recife.
Fonte: Valor Econômico
Leia também: Santander Brasil realiza mudanças em sua estrutura administrativa
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