
O presidente do Sindicato dos Bancários de Campinas e Região, Jeferson Boava, defendeu que a instalação de novos dispositivos de segurança em todas as agências bancárias de Campinas é a forma mais eficiente para frear a onda de assaltos e ataques à caixa eletrônicos, durante a primeira reunião da Subcomissão de Segurança Bancária, realizada nesta quinta-feira, dia 11, no plenário da Câmara Municipal de Campinas. A reunião contou com a participação de representantes da Febraban, do Itaú, Banco do Brasil e Caixa Federal, das polícias civil e militar, da guarda municipal e dos sindicatos dos bancários e vigilantes.
Jeferson destacou em sua fala que o sistema de monitoramento eletrônico de imagens, em tempo real, através de circuito fechado de televisão, interligado com uma central de controle fora do local monitorado, por exemplo, inibe a ação de criminosos seja durante o dia, no período de atendimento, ou à noite. A proposta inclusive integra o modelo de projeto de lei elaborado pela Contraf-CUT em parceria com a CNTV (Confederação Nacional dos Trabalhadores Vigilantes), apresentado pelo Sindicato em 2011 aos prefeitos e/ou vereadores das 37 cidades da base da entidade, sendo que em sete já foi aprovado pelas câmaras municipais e em três já é lei. Em Campinas, o projeto de lei (nº 387/11) está em tramitação.
O monitoramento externo defendido pelo presidente do Sindicato contou com apoio de alguns dos participantes da reunião; entre eles, o delegado Carlos Henrique Fernandes, da Delegacia de Investigações Gerais de Campinas, o coordenador da Guarda Municipal de Campinas, Roberto Carlos Longhini, e até do consultor de segurança da Febraban (Federação Brasileira de Bancos), coronel José Vicente, porém com ressalvas. O coronel concorda que as câmeras devem monitorar o entorno das agências até às calçadas; a partir daí, o problema é de “segurança pública”. O coronel, no entanto, não aceita a blindagem das agências prevista no projeto de lei apresentado pelo Sindicato. Segundo ele, é um “despropósito”.
Biombo é necessário
Já as divisórias entre caixas e clientes, os chamados biombos, que é lei estadual desde 2011 (nº 14.364) – pouco respeitada pelos Bancos em Campinas, cabe lembrar – e que também integra o modelo de projeto de lei da Contraf/CNTV, contou com amplo apoio dos participantes; com exceção do diretor setorial de segurança da Febraban, Pedro Oscar Viotto. Aliás, o representante da Febraban criticou a habitualidade dos clientes em fazer depósitos. Para Pedro Oscar Viotto, essa rotina, que denominou de “chegadinha ao banco”, é monitorada pelos criminosos. Já o major Henrique Neto, do Comando de Policiamento do Interior (CPI2), disse que os biombos dificultam a ação de criminosos no chamado crime “saidinha de banco”.
Avaliação
Para o presidente Jeferson Boava, que participou da reunião acompanhado dos diretores do Sindicato Danilo e Samuel, o representante da Febraban deixou claro que a segurança não é uma prioridade dos Bancos, nem mesmo o respeito à legislação, seja municipal ou estadual. “Os Bancos investem pouco em segurança. Segundo dados do Dieese, os cinco maiores bancos (Itaú, BB, Bradesco, Caixa e Santander) apresentaram lucros de R$ 35,8 bilhões de janeiro a setembro de 2012. Já as despesas com segurança e vigilância somaram R$ 2,2 bilhões, o que significa 6,03%, em média, na comparação com os lucros. Aliás, investem pouco e não querem debater a questão com profundidade. O que ficou evidente na reunião. O representante da Febraban, Pedro Oscar Viotto, se limitou ao tema ataques à caixas eletrônicos. A proteção à vida de clientes e bancários foi descartada”.
Relatório em 90 dias
Presidida pelo diretor do Sindicato e vereador André von Zuben, a subcomissão tem prazo de 90 dias para apresentar seu relatório. Ao encerrar a reunião, André conclamou os participantes a enviarem sugestões e sinalizou que em breve será realizada nova reunião da subcomissão, que foi criada em 13 de março último pela Comissão de Assuntos de Segurança Pública da Câmara Municipal.
Fonte: Seeb Campinas
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