Segundo Jair Pedro Ferreira, coordenador da Comissão Executiva dos Empregados (CEE/Caixa) e diretor de Administração e Finanças da Fenae, a negociação não registrou avanços significativos, o que deixou muito a desejar. Ele explica que, como a Caixa jê tem a pauta específica de reivindicações da campanha salarial deste ano desde o mês passado, a expectativa era de que a empresa trouxesse soluções para os problemas, “até porque saúde do trabalhador é um tema importante, mas nada disso ocorreu”.
Para fazer frente a esse descaso, Jair Pedro diz ser fundamental que os sindicatos de bancários intensifiquem o trabalho de mobilização da categoria. Ele afirma ainda que os empregados precisam participar das atividades gerais da campanha salarial 2010, para pressionar a direção da Caixa a apresentar propostas concretas na próxima rodada.
Saúde Caixa
A rodada da última sexta-feira (dia 3 de setembro) foi iniciada com o debate pelo Saúde Caixa e teve como foco a utilização do superávit desse plano, acumulado em R$ 107 milhões, segundo dados apurados pelo banco após a conclusão da contingência – período de março de 2005 a março de 2007 em que os registros de entrada e saída de recursos do plano de saúde ficaram sem processamento de dados.
Na reunião com a empresa, o Comando Nacional dos Bancários destacou a necessidade de uma análise rigorosa dos números para definir a melhor forma de aproveitamento do superávit para melhoria das condições de atendimento aos bancários. A Caixa se comprometeu a fazer alguns levantamentos. Os bancários propuseram ainda que as discussões sobre os temas sejam encaminhadas para o GT Saúde, havendo concordância por parte da Caixa. As partes ficaram de definir data e pauta da próxima reunião do grupo.
A empresa, por outro lado, insiste em não alterar seu posicionamento em relação à implantação do Saúde Família, que visa assegurar a inclusão dos filhos maiores de 24 anos e os pais no convênio médico. Como a Caixa não quer atender essa reivindicação, a necessidade de ampliar a luta para que a empresa mude de posição fica cada vez mais premente.
Ainda em relação ao Saúde Caixa, outro ponto abordado diz respeito aos limites previstos para a realização de alguns procedimentos, como fisioterapia, RPG, psicanálise, psicologia, acupuntura e outros. Foi cobrada da empresa a garantia para a realização de quantas sessões destes procedimentos forem necessárias. A Caixa afirmou que irá avaliar a possibilidade de ampliação dos limites.
A representação dos empregados cobrou também uma solução para o problema da falta de médicos credenciados de algumas especialidades em certas regiões do país. Foi reivindicada uma alternativa que garanta a livre escolha dos associados e viabilize o tratamento sem a necessidade de longos deslocamentos. Para estas situações, uma proposta apresentada foi a de pagamento de reembolso pelo Saúde Caixa. O banco se comprometeu a avaliar a questão.
Outros temas
A Caixa trouxe respostas positivas para duas reivindicações dos trabalhadores apresentadas na minuta específica. Uma delas é o abono de ausência para que o empregado possa acompanhar ao médico filho com deficiência, sem limite de idade. O banco aceitou a proposta.
A empresa concordou ainda em aumentar a frequência das reuniões dos comitês de acompanhamento do credenciamento e descredenciamento do Saúde Caixa. O banco aceitou a reivindicação dos bancários de tornar as reuniões bimestrais – hoje, elas ocorrem a cada três meses.
Os bancários cobraram também a instalação de um guichê específico com proteção nas áreas de trabalho dos avaliadores de penhor. A Caixa informou que já instalou um modelo para teste na agência Tupinambás, em Belo Horizonte (MG). Além disso, o banco informou que está substituindo os frascos plásticos para novos de 30 ml, visando eliminar do transborde das soluções ácidas.
Outro ponto abordado foi a criação de unidades específicas para saúde do trabalhador e Saúde Caixa em todas as unidades da federação. A Caixa ficou de avaliar essa reivindicação.
Acordo coletivo
O acordo coletivo de trabalho dos empregados da Caixa foi prorrogado até o dia 31 de outubro. Dessa forma, os trabalhadores já podem converter as Apips e licença-prêmio, dentro do limite de 30 dias previsto no atual acordo.
Os bancários reforçaram a cobrança ao banco da definição da promoção por merecimento, prevista no Plano de Cargos e Salários (PCS). A Caixa mais uma vez não apresentou uma solução para o problema.
Foi cobrada ainda pelos trabalhadores a questão do desconto dos dias parados das campanhas salariais de 2007, nas bases de Belo Horizonte, Bahia e Sergipe, e de 2008, quando a empresa não cumpriu o previsto na Convenção Coletiva da categoria ao descontar dos trabalhadores horas restantes após o período de compensação. Os bancários lembraram que houve compromisso na mesa de negociação em 2009 para a busca de uma solução para os problemas, sem qualquer avanço até agora.
Nova negociação específica
Nesta sexta-feira, dia 10 de setembro, em São Paulo, acontece mais uma rodada específica entre o Comando Nacional dos Bancários e da Caixa, dessa vez para discutir as questões relativas a isonomia, carreira e outros temas. O encontro acontece das 9 às 12 horas.
No dia anterior, em 9 de setembro, também na capital paulista, os membros da CEE/Caixa estão sendo convocados para uma reunião preparatória na sede da Contraf/CUT (Rua Líbero Badaró, 158 – 1º andar), a partir das 19 horas
Fonte: Fenae
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