Trocas na parceria com Bradesco podem enfraquecer Banco do Brasil

28.05.2021

Por Sindicato dos Bancários CUT Segundo reportagem publicada pelo Broadcast Estadão, Bradesco e Banco do Brasil “tentam aparar arestas e superar a crise sem precedentes desencadeada pelas constantes mudanças no comando do banco público no governo de Jair Bolsonaro que, na semana passada, levaram à inesperada saída do presidente da Cielo”. Bradesco e Banco do […]

Por Sindicato dos Bancários CUT

Segundo reportagem publicada pelo Broadcast Estadão, Bradesco e Banco do Brasil “tentam aparar arestas e superar a crise sem precedentes desencadeada pelas constantes mudanças no comando do banco público no governo de Jair Bolsonaro que, na semana passada, levaram à inesperada saída do presidente da Cielo”.

Bradesco e Banco do Brasil são sócios em sete empresas. Os negócios estão agrupados na holding Elopar, com exceção da Cielo.

Segundo o Estadão, a chegada de Paulo Guedes e sua equipe econômica, de perfil liberalizante, com a promessa de desinvestimentos e redução da máquina pública, despertou a atenção na sociedade entre Bradesco e BB.

O mandato de Rubem Novaes, primeiro indicado por Guedes e Bolsonaro para comandar o BB, trazia a determinação de venda de ativos como a Cielo, o que gerou custos para estruturar o desmonte sugerido pelo governo – e cansaço no Bradesco, relatam fontes ao Estadão, na condição de anonimato.

O desgaste entre os sócios Bradesco e BB ficou evidenciado com o pedido de renúncia do presidente da Cielo, Paulo Caffarelli, na semana passada.

Segundo o Estadão, o desenrolar da parceria entre Bradesco e BB têm sido acompanhado de perto por analistas de mercado, que demonstram ceticismo quanto ao futuro do casamento depois da crise instalada pelos liberais. “A troca de comando na Cielo só fez jogar lenha na fogueira”, diz o jornal.

“Essas trocas não são meras confusões, como a matéria quer transparecer. Estamos falando de grandes empresas com bilhões de reais em recursos, como a própria matéria enfatiza”, diz o coordenador da Comissão de Empresas dos Empregados do Banco do Brasil (CEBB), João Fukunaga.

“O que transparece nessas mexidas pode ser a possibilidade da entrada de um parceiro privado na administração das empresas. Normalmente, quem vinha administrando essas empresas era o próprio Banco do Brasil, através de suas indicações. E, agora, pode ocorrer uma reviravolta, com o Bradesco como o principal player nessas empresas”, alerta Fukunaga.

Segundo fontes ouvidas pelo Estadão, a ideia de vender a Cielo – que antes estava descartada – voltou a ser vista como essencial para o BB, diante da relação desgastada entre Banco do Brasil e Bradesco, o que estimulou as empresas a iniciarem “um novo ciclo”. O mesmo vale para os demais ativos, que devem ser mantidos na sociedade com o Bradesco.

De acordo com a matéria do Estadão, a notícia de que a Alelo, de benefícios, vai começar a atuar no setor adquirência, deixando a irmã Cielo de lado, deu esperanças ao mercado quanto à possível separação dos sócios. Como resultado, a líder das maquininhas viu seu valor aumentar em R$ 1 bilhão na bolsa, para R$ 11,4 bilhões.

“Essa é briga de cachorro grande. O Bradesco é aliado do Guedes e pode ser beneficiado por todas essas mudanças, como mostra o movimento de subida da ação da Cielo nos últimos dias”, avalia Fukunaga.

Notícias Relacionadas

Negociação entre COE e Santander sobre renovação e ampliação do acordo aditivo

Representantes dos trabalhadores do Santander (COE) e a direção do banco estiveram reunidos nesta sexta-feira (26/07) para mais uma mesa de negociação no âmbito da Campanha Nacional. O representante do banco, Marcelo Souto, trouxe o retorno de questionamentos feitos na rodada anterior, mas as informações não foram completas, especialmente quanto ao número de trabalhadores bancários. “Ele […]

Leia mais

Negociações Caixa: Empregados exigem fim da cobrança abusiva de metas

Políticas de saúde do banco precisam ser efetivas para a melhoria do ambiente de trabalho A Comissão Executiva dos Empregados (CEE) da Caixa Econômica Federal se reuniu, nesta sexta-feira (26) com o banco para tratar sobre os diversos problemas do dia a dia que afetam a saúde do trabalhador. Entre as considerações feitas pela CEE […]

Leia mais

Direitos dos incorporados, saúde mental e complementação salarial são tema abordados em mesa de negociação do BB

Saúde e condições de trabalho foram os temas centrais da quinta mesa de negociação específica para a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) do Banco do Brasil, dentro da Campanha Nacional A primeira reivindicação dos dirigentes sindicais, debatida com a direção do Banco do Brasil nessa sexta-feira (26/07), em São Paulo, foi a situação […]

Leia mais

Sindicatos filiados