VIII Congresso da Federação dos Bancários de SP e MS elege nova diretoria executiva e fortalece defesa da categoria

15.03.2024

Proposta aprovada amplia interesses do trabalhador, da defesa da democracia e de um país mais justo  A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) realizou nesta quarta (13) e quinta-feira (14), o seu VIII Congresso Interestadual. O encontro contou com a participação de mais de 140 delegados dos sindicatos […]

Proposta aprovada amplia interesses do trabalhador, da defesa da democracia e de um país mais justo

 A Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) realizou nesta quarta (13) e quinta-feira (14), o seu VIII Congresso Interestadual. O encontro contou com a participação de mais de 140 delegados dos sindicatos filiados à entidade. Também marcaram presença e contribuíram com os debates o diretor de políticas e relações do trabalhistas e sindicais da Federação Nacional dos Bancos, Adauto de Oliveira, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, o economista, Sérgio Mendonça e o político, Roberto Freire.

 

O encontro foi conduzido pelo presidente David Zaia e teve como eixo central os desafios e as perspectivas do futuro da categoria, diante de desafios como a polarização na política, aceleração do avanço tecnológico, o combate às fake news e às desigualdades econômicas e sociais.

 

“Reafirmamos nosso compromisso de lutar pelo Estado Democrático de Direito: em defesa das instituições, dos direitos humanos e políticos; da liberdade de pensamento, expressão, opinião e organização, e também, em defesa de mecanismos que assegurem a distribuição de renda ao conjunto dos trabalhadores, da diversidade, da tolerância, da civilidade, do meio ambiente e de uma sociedade mais inclusiva e igualitária”, defende Zaia.

 

 

 

O encontro resultou na aprovação por unanimidade da propositiva apresentada, que reafirma a posição da entidade contra políticas antidemocráticas que promovem a desigualdade, a miséria, o autoritarismo e o obscurantismo. O documento fortalece a luta permanente frente à mobilização contra os ataques aos direitos e à organização dos trabalhadores.

 

“Foram dois dias de muito debate e reflexões que contribuem com o fortalecimento das pautas em defesa da categoria e na organização dos nossos sindicatos para as negociações futuras e o protagonismo político”, diz David Zaia.

Mundo do trabalho

A aceleração das mudanças no mundo do trabalho foi uma das provocações levantadas pelo Congresso Interestadual. As novas tecnologias, a chamada 4ª revolução industrial, a inteligência artificial, a robotização, e inúmeras outras ferramentas disponíveis, que tem mudado literalmente o dia a dia dos locais de trabalho foram amplamente discutidas. Como exemplo, o encontro destacou o trabalho remoto, que proporciona a produção sem sair de casa, as reuniões à distância, e as oportunidade e desafios que o momento traz, entre eles, a necessidade de regularização das novas relações de trabalho. “Nosso Congresso poderia ser virtual, com cada delegado no seu sindicato ou na sua casa. Tudo isso oferece oportunidades e ao mesmo tempo desafios. As leis e as normas que até hoje eram suficientes para organizar a produção e a relação capital trabalho, já não dão mais conta. O desafio, portanto, é continuar sendo inovador e garantir que, através de novas legislações e de acordos coletivos, se possa regular estas novas relações de trabalho, com uma jornada adequada, salários dignos e condições de trabalho saudáveis”, destaca o presidente, que reafirma o compromisso do movimento sindical em ser protagonista nas negociações e na defesa dos trabalhadores.

 

Representação dos Trabalhadores

Por fim, o Congresso reforçou a importância da representatividade e de um modelo de estrutura que responda a realidade do momento atual e futuro.

A propositura aprovada destaca conquistas históricas da categoria, entre elas, a jornada de trabalho de seis horas, conquistada em 1933; o sábado livre em 1962; o vale-refeição em 1990; a PLR em 1995; a 13ª cesta alimentação em 2007; assim como a atual Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), que impacta diretamente na vida de 450 mil famílias, com desdobramentos sociais e econômicos que se estendem por todo o País.

 

A proposta da entidade reforça a necessidade de resgatar o resultado de uma estratégia acertada do Comando Nacional dos Bancários, do qual a FEEB SP-MS faz parte, a exemplo, a última Campanha Salarial, que diante de um quadro político indefinido, obteve a conquista da manutenção da validade da CCT por dois anos, com reposição da inflação e aumento real. “Dentre os impactos da nossa negociação é importante ressaltar que, somente o valor adicionado à economia brasileira com a ampliação dos ganhos dos bancários, somou cerca de R$ 59 bilhões nos dois anos de vigência do acordo, sendo de setembro de 2022 a agosto de 2024. Com essa experiência única no Brasil, devemos ser protagonistas na luta por um novo modelo de representação dos trabalhadores”, impulsionou Zaia.

 

Ações gerais relativas à sociedade e às políticas públicas aprovadas:

  1. Intervir junto aos poderes Executivo e Legislativo para que o Brasil volte a ser signatário da Convenção 158 da Organização Internacional do Trabalho (OIT), que proíbe a demissão imotivada. Essa norma foi ratificada pelo Brasil em 1992, durante o governo Itamar Franco, e entrou em vigor em abril de 1996. Em novembro do mesmo ano, após denúncia à OIT, a Convenção deixou de ser aplicada a partir de 1997.
  2. Assegurar a autonomia sindical, aumentando a representatividade das entidades, garantindo ampla sindicalização e aumento dos filiados. Ampliação da democracia nas entidades com ampla participação da base nos posicionamentos e decisões.
  3. Lutar por um sistema pleno de seguridade social, que garanta a proteção mínima dos trabalhadores e cidadãos contra os riscos sociais.
  4. Por uma previdência pública e universal e única para todos os brasileiros.
  5. Fortalecimento da previdência complementar.
  6. Lutar pela plena efetividade e fortalecimento das políticas do SUS.
  7. Construir uma reforma tributária progressiva. E mais: taxar lucros e dividendos de pessoas físicas. Em outros termos, desconstruir a cultura que vilaniza o imposto e discuta a qualidade do gasto público.
  8. Lutar pela política de valorização do salário mínimo.
  9. Lutar pela diminuição das jornadas de trabalho, sem a redução de salários e direitos, como forma de diminuir a exploração dos trabalhadores e aumentar a geração de empregos.

Ações Relativas a Defesa dos Interesses da Categoria aprovadas:

  1. Construir a unificação das lutas das categorias que têm data-base no mesmo período dos bancários, financiários e cooperavitários. Essa construção exige diálogo com todas as centrais sindicais.
  2. Construir a representação única de todos os trabalhadores do ramo financeiro (bancários, financiários, cooperavitários, securitários, promotores de venda, dentre outros).
  3. Valorizar a participação da categoria nos movimentos sociais, reafirmando o posicionamento democrático e pluralista da Federação dos Bancários de SP e MS, que reconhece e respeita as diferenças políticas, ideológicas e culturais.
  4. Defender a mesa única (nacional) de negociação com a Fenaban, Fenacrefi (financeiras) e cooperativas para renovar a Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) e acordos específicos por bancos (públicos e privados).
  5. Defender a regulação das novas tecnologias nos serviços bancários, com prevalência, protagonismo do trabalho humano.
  6. Ampliar a discussão com os bancos sobre as metas estabelecidas, razão de grandes problemas de saúde dos bancários.
  7. Contratação para todos os trabalhadores das empresas que prestam serviços bancários.
  8. Participar das Redes Sindicais dos Bancos Internacionais (Santander, Itaú e Banco do Brasil), visando a construção e assinatura de Acordo Marco Global, que garanta direitos fundamentais para os trabalhadores em todos os países onde os Bancos atuam. O acordo proposto prevê que as partes assumam compromisso, com base na legislação de cada país, em analisar e considerar questões relativas ao combate de problemas de saúde derivados de atividade laboral, desenvolver políticas que evitem assédio moral e sexual no local de trabalho, assim como discriminação, garantindo igualdade de oportunidades, independente de etnia, religião, opinião política, gênero ou orientação sexual.
  9. Luta contínua contra discriminação, que tem resultado em diferenças de remuneração e no oferecimento de oportunidades desiguais.
  10. A saúde do trabalhador do ramo financeiro é cada vez mais afetada em decorrência da busca incessante do aumento de produtividade, ou de outra forma de lucro, que resultam em estresse, depressão etc. A implantação de programas de prevenção, de reabilitação ocupacional e orientação à saúde deve ser buscada para que os trabalhadores possam ter condições de vida mais saudáveis.
  11. Em função da particularidade das reivindicações da categoria é necessário implementar a Organizações por Local de Trabalho (OLT), para garantir maior efetividade das ações. As comissões de empresa e os delegados sindicais são figuras muito importantes para o fortalecimento das lutas e mobilizações dos trabalhadores, a partir dos locais de trabalho, propiciando também uma aproximação maior com as entidades de representação. A figura do delegado sindical é hoje realidade nos bancos públicos: Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal.
  12. Criar novos meios de comunicação com os bancários. Utilizar todos os dispositivos proporcionados pelas novas tecnologias, interagindo com a categoria via rede e mídia social virtual, plataformas de compartilhamento e aplicativos.

Processo eleitoral

A programação do Congresso Interestadual inclui a eleição, em processo único, da Diretoria Executiva da Feeb SP/MS, do Conselho Fiscal, de Delegados e Representantes e Suplentes junto à Contec. O processo eleitoral consistiu em chapa única eleita por unanimidade por delegadas e delegados presentes. A posse da diretoria eleita para o quadriênio 2020/2024 está prevista para o dia 8 de abril.

“Formamos uma entidade democrática e ampliamos a participação dos sindicatos e seus dirigentes nas tomadas de decisão, construímos a nossa história até aqui. Reafirmamos nosso compromisso de defesa dos interesses dos bancários, da democracia e de um país mais justo para todos”, conclui o presidente reeleito David Zaia.

Confira a composição do Diretório ELEITO:

Diretoria Efetiva

Presidente: David Zaia – Campinas – Aposentado

1º Vice Presidente: Ana Stela Alves de Lima – Campinas – Santander

2º Vice Presidente: Ronaldo Silvino – Ribeirão Preto – Bradesco

3º Vice Presidente: Júlio Cesar Machado – Sorocaba – Bradesco

1º Secretario: Reginaldo Lourenço Breda – Rio Claro – Itaú

2º Secretario: Antônio Marcos de Barros – São José dos Campos – Santander

1º Financeiro: José Antônio Fernandes Paiva – Piracicaba – Itaú

2º Financeiro: Edilson Aparecido da Silva Julian – Marilia – Bradesco

1º Administrativo: José Augusto Ribeiro – Araçatuba – Itaú

2º Administrativo: Thelma Regina Gomes Rocha Canisso – Três Lagoas – Bradesco

Sec. De Imprensa: Osório Carbone Filho – Franca – Santander

Sec. De Formação Sindical: Jaqueline Bertanha – Jaú – Mercantil do Brasil

Sec. Jurídico: Sidnei de Paula Corral – Presidente Venceslau – Aposentado

Sec. De Esporte/Cultura: Júlio Cesar Grachovski – São José do Rio Preto – Itaú

Sec. De Saúde: Moacir Januário Fogaça – Naviraí – Bradesco

Conselho Fiscal Efetivos

Claudio Henrique Vasquez – Guaratinguetá – Bradesco

Lauriberto Antônio Viganon – São Carlos – Bradesco

Márcio Henrique Silva Chaves – Votuporanga – Santander

Delegados Representantes Junto à Contec

Carlos Roberto Lopes Bueno – Tupã – Santander

Márcio Morel de Souza– Andradina – Santander

Suplentes de Diretoria

João Carlos Rodrigues Dias – Lins – Aposentado

Carolina Vieira Cozza – Guaratinguetá – Itaú

Ângela Isabel Ulisses Savian – Piracicaba -Santander

Débora Ferreira Machado – São José dos Campos – Itaú

Nádia Maria Ponce Fontana – Tupã – Santander

Claudia Cavalieri Quiarelo – São Jose do Campos -Itaú

Maria Angélica Ribeiro Gabrieli – Jaú – Mercantil do Brasil

Letícia Peres Farias Françoso – Piracicaba – Santander

Elisa de Figueiredo Ferreira – Campinas – Banco do Brasil

José Agostinho Colombo – Corumbá – Itaú

Mizaki Toshio Mitiue – Jaú – Caixa Federal

Jose Renato Zamuner – Sorocaba – Bradesco

Eduardo Domingues Bueno – Araçatuba – Bradesco

Vagner Vanderlei Mortais – Campinas – Bradesco

Hilário Juliano Ruiz de Oliveira – São José do Rio Preto – Bradesco

Aldo Luis Rocha – Piracicaba – Bradesco

Ricardo Santos Filho – Sorocaba – Bradesco

Augusto José Alves – Ribeirão Preto – Santander

Valmir Benedito Polidoro – Votuporanga – Santander

Mauro Cristiano de Silva Negreiros – Campinas – Safra

André Luiz Remahe – Marilia – Banco do Brasil

Alberto Carlos Corniani – Lins – Bradesco

Fernando Barion da Silva – Araçatuba – Bradesco

Davi Antonio Paes – Sorocaba -Bradesco

Valdir Nazaret Barbara – Ribeirão Preto – Santander

Walmir Gomes – Santos – Itaú

Ângelo Malacrida – Presidente Venceslau – Santander

Aparecido Martines Lopes – Campinas – Bradesco

Manoel Barros Neto – Santos – Itaú

Marcelo dos Santos – Santos – Santander

Guilherme Fomeggini Lopes da Silva – Campinas – Bradesco

Daniel Fernando Vitolo Ferreira – São José do Rio Preto – Santander

Junior Maschio – Naviraí – Bradesco

Jorge Luis Ayub Rodrigues – Votuporanga – Bradesco

Luciano Quartieri – Santos – Itaú

Conselho Fiscal – Suplentes

Alcino Ferreira Neto – Santos – Bradesco

João Possebon Neto – Piracicaba – Banco Pan

Ernandes Rodrigues dos Reis – São Jose do Rio Preto – Itaú

Delegados Representantes Junto à Contec – Suplentes

Adenilson Donizete Guiraldelli – Franca – Mercantil do Brasil

Luis Fernando Pauleli – Rio Claro – Bradesco

Comunicação FEEB SP/MS

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