Convidados abordaram temas como: política, avanço tecnológico, mudanças no trabalho e sistema financeiro
O VIII Congresso da Federação dos Bancários de São Paulo e Mato Grosso do Sul (Feeb SP/MS) teve início nesta quarta-feira (13) e reuniu mais de 140 delegados dos sindicatos filiados. Entre as discussões do primeiro dia estão os desafios e as perspectivas do futuro da categoria, com temas sobre inovações no sistema financeiro, conjuntura política, representatividade, avanço tecnológico e garantia dos direitos dos trabalhadores.
A abertura foi conduzida pelo presidente da entidade, David Zaia, que ressaltou o contexto desafiador para os bancários. “Este é um momento crucial para o movimento sindical e para os trabalhadores. Os avanços tecnológicos oferecem novas oportunidades para melhorar a qualidade do trabalho e distribuir renda, mas também demandam organização e discussão para o preparar a categoria para as negociações com os bancos e participações políticas”, afirmou Zaia.
Entre os convidados presentes, o presidente da União Geral dos Trabalhadores (UGT), Ricardo Patah, destacou o papel sindicatos como atores políticos na busca por melhorias que beneficiem a população e preservem os direitos dos trabalhadores. “Mais do que representantes das categorias profissionais, os sindicatos têm o papel fundamental como ente político, na discussão e implantação de melhorias que atendam a população”, destacou Patah.
Na sequência, o Diretor de Políticas de Relações Trabalhistas e Sindicais da Federação Nacional dos Bancos (FENABAN), Adauto de Oliveira Duarte, abordou as Perspectivas do Sistema Financeiro e destacou avanços como o Pix, a Tokenização da economia, o Drex e a inteligência artificial, e reforçou a importância do diálogo para avançar em questões que beneficiem a sociedade. “O Brasil está mais complexo, a sociedade precisa dos ganhos para a tecnologia, precisamos que ela avance para beneficiar áreas como segurança pública, educação, saúde e vida das pessoas. O diálogo é o caminho e aprendemos muito com o movimento sindical nas negociações”, define.
Com relação ao desenvolvimento econômico, o economista Sérgio Mendonça, trouxe uma análise sobre o combate às desigualdades e destacou o papel da categoria bancária como referência nas negociações. Ao citar o filósofo Sêneca, ‘Não há vento bom para nau sem rumo’, ressaltou que o problema vai além da mera geração de empregos. “Há necessidade de levar a discussão para o ambiente político. Precisamos de base sólida, projeto, alicerce e consensos políticos. A categoria bancária segue sendo referência nas negociações e em decisões que impulsionam a transformação do país”, completa.
Futuro
Encerrando o dia, o ex deputado Federal e Ministro da Cultura do Brasil, Roberto Freire, provocou reflexões sobre o futuro do país e destacou a evolução da democracia e os desafios da tecnologia. “É preciso enfrentar os impactos da transformação e as mudanças, entender e se posicionar para contribuir com as conquistas e a dignidade humana”, orienta Freire.
A programação para o segundo dia de Congresso inicia a partir das 10h desta quinta-feira (14), com plenária, debates das propostas para a construção de diretrizes e ações futuras, e eleição da Diretoria Executiva.
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